Observação: o texto a seguir não é meu. Foi publicado pelo site americano Huffington Post, mas achei a mensagem de grande importância. Portanto, decidi traduzi-la e publicá-la aqui.
“Qual cor de pele você quer?”
Essa pergunta foi feita a duas crianças de cerca de 4 ou 5 anos pelo correspondente da CNN Anderson Cooper. Enquanto ele apontava para imagens com tons de pele de branco a muito escuro, uma garota negra, vestida em cor-de-rosa, colocou o dedo na ilustração quase branca: “Por é mais clara”, ela disse a Cooper. Depois, olhando para sua própria mão e esfregando as articulações, ela disse: “Eu não gosto da aparência do marrom... parece meio nojento por alguma razão.”
Uau.
A primeira parte da série da CNN “Black or White: Kids on Race” foi ao ar em 17 de maio no “AC360º” de Cooper. A série explora as descobertas do estudo comissionado pela CNN sobre as crenças, atitudes e preferências raciais das crianças. Da boca de crianças, aprendemos que quase 60 anos após o marco “Brown v. Board of Education”, a maioria das crianças ainda favorece a pele clara ou branca e acreditam que os adultos partilham de seu sentimento.
A consultora que a CNN contratou para o estudo, a psicóloga infantil e professora da Universidade de Chicago Margaret Beale Spencer, descobriu que crianças brancas como um todo identificam a cor da sua pele com atributos positivos ao mesmo passo em que designam atributos negativos à pele mais escura. A maioria identificou figuras mais escuras como “burras”, “cruéis” e designaram cor escura como a cor que adultos os não gostam.
Que brancos dessa idade tão tenra percebam negros negativamente é realmente inquietante. Contudo, o que é mais perturbador, como o estudo da CNN ilustra, é que crianças negras também têm percepções imensamente perturbadoras a cerca de si mesmas.
Apesar das respostas capturadas ao vivo e a cores serem chocantes, elas não deveriam ser surpreendentes. Antes de focar no papel que os pais têm na formação dessas atitudes negativas, a primeira parte se concentrou em torno do maior motivador do processo condicionador – a mensagem codificada na mídia de massa 24h por dia, 7 dias por semana, a 360 graus, da superioridade branca/inferioridade negra.
Pense nisso: a qualquer manhã, uma criança comum, negra ou branca, será inundada de mensagens e imagens que apresentam brancos como preferíveis e negros como personagens secundários ou inferiores. Eles verão desenhos ou comédia na Nickelodeon ou Disney Channel com brancos como personagens principais e talvez negros ajudantes ou algumas rostos escuros na mistura. Se estiverem na programação adulta, eles verão comerciais, programas e jornais com a mesma razão desproporcional de brancos para negros.
Indo para a escola, os olhos jovens absorverão outdoors em sua maioria com pessoas brancas mostrando produtos e serviços oferecidos por empresas de proprietários brancos. A não ser que a instituição educativa tenha feito um esforço esclarecido, ensinarão às crianças sobre as conquistas dos brancos, de livros com a maioria de figuras históricas brancas em escolas com nomes provavelmente em homenagem a homens brancos.
A mídia, especialmente a televisão, contribui para as percepções negativas. Jovens negros assistem cerca de 24 horas a mais de televisão por semana do que a telespectador jovem branco comum. Vários estudos científicos indicam que, sem filtros parentais, algumas crianças negras consideram as mensagens e imagens da mídia como reflexões autênticas de quem eles são e como eles agem.
Colocar a maior parte da culpa nos pais é uma visão curta. Por séculos, adultos americanos sofreram uma lavagem cerebral com um ataque de condicionamento político, social e midiático a cerca da superioridade branca/inferioridade negra. A comunicação em massa – filmes, vídeo games, clipes e a televisão em particular – tem impacto máximo na forma como as crianças aprendem regras sociais, regulamentos e valores. Os pais – supondo que estejam totalmente presentes na vida da criança – não são páreos para o bombardeio constante e onipotente da mídia.
Será difícil reverter um sistema institucionalizado de valor baseado em raça, mas, esperançosamente, o estudo e a série da CNN nos levarão além do choque e temor e nos colocarão a caminho de um movimento orquestrado para resgatar a mente dos jovens. Se esperamos mudar como estudantes – brancos e negros – entendem raça e cor de pele, não temos que empregar armas modernas e uma campanha de resgate 24h por dia, 7 dias por semana, em 360 graus. Professores, animadores, programadores, educadores, pregadores, pais e consumidores devem inovar. A tela do computador, Youtube, iPad, Kindle, o currículo interativo e outras oportunidades da Nova Mídia são as armas de hoje. Com redes sociais servindo como campos de batalha, consumidores informados e progressivos podem criar estratégias, apóiam e expandir essa cruzada.
É provavelmente tarde demais para adultos já condicionados para aceitar o branco como o direito universal. Contudo, a Nova Mídia nos dá uma chance de redenção, mas quando se trata da mente dos nossos filhos, a revolução do século XXI deve não apenas ser televisada, mas sim digitalizada!
“Qual cor de pele você quer?”
Essa pergunta foi feita a duas crianças de cerca de 4 ou 5 anos pelo correspondente da CNN Anderson Cooper. Enquanto ele apontava para imagens com tons de pele de branco a muito escuro, uma garota negra, vestida em cor-de-rosa, colocou o dedo na ilustração quase branca: “Por é mais clara”, ela disse a Cooper. Depois, olhando para sua própria mão e esfregando as articulações, ela disse: “Eu não gosto da aparência do marrom... parece meio nojento por alguma razão.”
Uau.
A primeira parte da série da CNN “Black or White: Kids on Race” foi ao ar em 17 de maio no “AC360º” de Cooper. A série explora as descobertas do estudo comissionado pela CNN sobre as crenças, atitudes e preferências raciais das crianças. Da boca de crianças, aprendemos que quase 60 anos após o marco “Brown v. Board of Education”, a maioria das crianças ainda favorece a pele clara ou branca e acreditam que os adultos partilham de seu sentimento.
A consultora que a CNN contratou para o estudo, a psicóloga infantil e professora da Universidade de Chicago Margaret Beale Spencer, descobriu que crianças brancas como um todo identificam a cor da sua pele com atributos positivos ao mesmo passo em que designam atributos negativos à pele mais escura. A maioria identificou figuras mais escuras como “burras”, “cruéis” e designaram cor escura como a cor que adultos os não gostam.
Que brancos dessa idade tão tenra percebam negros negativamente é realmente inquietante. Contudo, o que é mais perturbador, como o estudo da CNN ilustra, é que crianças negras também têm percepções imensamente perturbadoras a cerca de si mesmas.
Apesar das respostas capturadas ao vivo e a cores serem chocantes, elas não deveriam ser surpreendentes. Antes de focar no papel que os pais têm na formação dessas atitudes negativas, a primeira parte se concentrou em torno do maior motivador do processo condicionador – a mensagem codificada na mídia de massa 24h por dia, 7 dias por semana, a 360 graus, da superioridade branca/inferioridade negra.
Pense nisso: a qualquer manhã, uma criança comum, negra ou branca, será inundada de mensagens e imagens que apresentam brancos como preferíveis e negros como personagens secundários ou inferiores. Eles verão desenhos ou comédia na Nickelodeon ou Disney Channel com brancos como personagens principais e talvez negros ajudantes ou algumas rostos escuros na mistura. Se estiverem na programação adulta, eles verão comerciais, programas e jornais com a mesma razão desproporcional de brancos para negros.
Indo para a escola, os olhos jovens absorverão outdoors em sua maioria com pessoas brancas mostrando produtos e serviços oferecidos por empresas de proprietários brancos. A não ser que a instituição educativa tenha feito um esforço esclarecido, ensinarão às crianças sobre as conquistas dos brancos, de livros com a maioria de figuras históricas brancas em escolas com nomes provavelmente em homenagem a homens brancos.
A mídia, especialmente a televisão, contribui para as percepções negativas. Jovens negros assistem cerca de 24 horas a mais de televisão por semana do que a telespectador jovem branco comum. Vários estudos científicos indicam que, sem filtros parentais, algumas crianças negras consideram as mensagens e imagens da mídia como reflexões autênticas de quem eles são e como eles agem.
Colocar a maior parte da culpa nos pais é uma visão curta. Por séculos, adultos americanos sofreram uma lavagem cerebral com um ataque de condicionamento político, social e midiático a cerca da superioridade branca/inferioridade negra. A comunicação em massa – filmes, vídeo games, clipes e a televisão em particular – tem impacto máximo na forma como as crianças aprendem regras sociais, regulamentos e valores. Os pais – supondo que estejam totalmente presentes na vida da criança – não são páreos para o bombardeio constante e onipotente da mídia.
Será difícil reverter um sistema institucionalizado de valor baseado em raça, mas, esperançosamente, o estudo e a série da CNN nos levarão além do choque e temor e nos colocarão a caminho de um movimento orquestrado para resgatar a mente dos jovens. Se esperamos mudar como estudantes – brancos e negros – entendem raça e cor de pele, não temos que empregar armas modernas e uma campanha de resgate 24h por dia, 7 dias por semana, em 360 graus. Professores, animadores, programadores, educadores, pregadores, pais e consumidores devem inovar. A tela do computador, Youtube, iPad, Kindle, o currículo interativo e outras oportunidades da Nova Mídia são as armas de hoje. Com redes sociais servindo como campos de batalha, consumidores informados e progressivos podem criar estratégias, apóiam e expandir essa cruzada.
É provavelmente tarde demais para adultos já condicionados para aceitar o branco como o direito universal. Contudo, a Nova Mídia nos dá uma chance de redenção, mas quando se trata da mente dos nossos filhos, a revolução do século XXI deve não apenas ser televisada, mas sim digitalizada!