Numa obra publicada em 1787, pelo francês Volney, o autor ressalta:
"Todos os egípcios têm um rosto intumescido, olhos inchados, nariz achatado, lábios grossos - em uma palavra, a verdadeira face do mulato. Fui tentado a atribuir isso ao clima, mas quando visitei a Esfinge, sua aparência deu-me a chave para o enigma. Ao ver aquele cabeça, tipicamente negra em todas as suas feições, lembrei-me da passagem assinalável onde Heródoto diz: 'Quanto a mim, julgo que os cólquidas sejam uma colônia dos egípcios, pois, como eles, são negros de cabelo lanoso...'"
"Quando visitei a Esfinge, não pude evitar pensar que aquela figura do monstro fornecia a verdadeira solução do enigma (de como os egípcios modernos chegaram à sua aparência 'mulata')"
"Em outras palavras, os antigos egípcios eram verdadeiros negros do mesmo tipo que todos os africanos nativos. Sendo assim, podemos ver como seu sangue, misturado por vários séculos com o dos gregos e dos romanos, devem ter perdido a intensidade da sua cor original, enquanto retendo, ainda assim, a impressão da sua forma original."
"Apenas pense que essa raça de homens negros, hoje nossa escrava e o objeto de desprezo, é a mesma raça à qual devemos nossas artes, ciências e até mesmo o uso da fala! Apenas imagine, finalmente, que em meio ao povo que chama a si mesmo os maiores amigos da liberdade e da humanidade, aprovou-se a mais bárbara escravidão e questionou-se se os homens negros tinham a mesma inteligência que os brancos!"
"Em outras palavras, os antigos egípcios eram verdadeiros negros da mesma ascendência que todos os povos nativos da África e, pelos dados, vê-se como a raça deles, após alguns séculos de mestiçagem com o sangue de romanos e gregos, deve ter perdido a negritude absoluta da sua cor original, mas reteve a impressão da sua forma original".¹
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Referência
1. M. Constantine de Volney, Travels through Syria and Egypt in the Years 1783, 1784, and 1785 (London: 1787), p. 80-83.
"Todos os egípcios têm um rosto intumescido, olhos inchados, nariz achatado, lábios grossos - em uma palavra, a verdadeira face do mulato. Fui tentado a atribuir isso ao clima, mas quando visitei a Esfinge, sua aparência deu-me a chave para o enigma. Ao ver aquele cabeça, tipicamente negra em todas as suas feições, lembrei-me da passagem assinalável onde Heródoto diz: 'Quanto a mim, julgo que os cólquidas sejam uma colônia dos egípcios, pois, como eles, são negros de cabelo lanoso...'"
"Quando visitei a Esfinge, não pude evitar pensar que aquela figura do monstro fornecia a verdadeira solução do enigma (de como os egípcios modernos chegaram à sua aparência 'mulata')"
"Em outras palavras, os antigos egípcios eram verdadeiros negros do mesmo tipo que todos os africanos nativos. Sendo assim, podemos ver como seu sangue, misturado por vários séculos com o dos gregos e dos romanos, devem ter perdido a intensidade da sua cor original, enquanto retendo, ainda assim, a impressão da sua forma original."
"Apenas pense que essa raça de homens negros, hoje nossa escrava e o objeto de desprezo, é a mesma raça à qual devemos nossas artes, ciências e até mesmo o uso da fala! Apenas imagine, finalmente, que em meio ao povo que chama a si mesmo os maiores amigos da liberdade e da humanidade, aprovou-se a mais bárbara escravidão e questionou-se se os homens negros tinham a mesma inteligência que os brancos!"
"Em outras palavras, os antigos egípcios eram verdadeiros negros da mesma ascendência que todos os povos nativos da África e, pelos dados, vê-se como a raça deles, após alguns séculos de mestiçagem com o sangue de romanos e gregos, deve ter perdido a negritude absoluta da sua cor original, mas reteve a impressão da sua forma original".¹
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Referência
1. M. Constantine de Volney, Travels through Syria and Egypt in the Years 1783, 1784, and 1785 (London: 1787), p. 80-83.